Sua carreira e sua história foi muito controversa.
Em Kansas City, Clark se filiou a uma companhia de teatro ambulante, a Jewell Players, que acabou se dissolvendo após 2 meses; então, partiu para o Oregon, e no caminho chegou a ser vendedor de gravatas numa loja de departamentos, Meier & Frank. Um colega da loja, Earle Larrimore, estava para se juntar a um pequeno grêmio teatral de partida para Astoria, e Gable os acompanhou. Uma das integrantes do grupo, a atriz Franz Dorfler, apaixonou-se por ele, e chegaram a ficar noivos, não chegando a casar.Em 1924, quando Josephine Dillon foi para Hollywood, Gable a seguiu, e em 13 de dezembro daquele ano, estavam casados. Ele trocou seu nome, na época, de W. C. Gable para Clark Gable".
Com a influência de Josephine, conseguiu participação como figurante em diversos filmes.
Entre 1927 e 1928, Gable atuou com a Laskin Brothers Stock Company, em Houston, onde fez diversos papéis, ganhando considerável experiência e se tornando um ídolo local. Gable, então, foi para Nova Iorque, e conseguiu trabalho na Broadway. O Morning Telegraph considerou: "He's young, vigorous and brutally masculine". Em 1930, após uma impressionante atuação como Killer Mears na peça The Last Mile, bancada por sua esposa, em Los Angeles, Gable teve ótima recepção da crítica, o que lhe angariou vários testes para o cinema. Um desses testes ficou famoso, quando Darryl F. Zanuck o testou para o papel de "Little Caesar" ("Alma de Lodo"), de 1931, e o rejeitou, alegando: "Não serve pra o Cinema. As orelhas são grandes e se parece com um macaco".
A agente Minna Wallis, irmã de Hal Wallis, viu o teste e ficou impressionada, levando-o para a Pathé, onde seu primeiro papel em um filme sonoro foi o de vilão no western de William Boyd denominadoThe Painted Desert ("O Deserto Pintado"), em 1931. Ele recebeu, na época, diversas cartas de fãs, como resultado de sua voz e atuação.
Gable despertou o interesse da MGM, que resolveu confiar a ele um papel em The Easiest Way ("Tentação do Luxo"), em 1931, ao lado de Constance Bennett, Robert Montgomery e Anita Page. Seu nome, porém, era o último do elenco.
Seu sucesso fez com que a MGM renovasse seu contrato por 2 anos.Com o tempo Gable se firmou como um novo tipo de galã, movido menos pelo romantismo e mais pelo cinismo, domínio e sex-appeal agressivo, características mais compatíveis com o período de violência e agitação da Grande Depressão.
Apesar do sucesso, Gable tinha uma vida desregrada e sérios problemas com alcoolismo. Teve vários casamentos e amantes, e diversas vezes foi acusado em muitos desses relacionamentos de usá-los como trampolim para sua carreira.
Embora seja fato que ele tenha sido um homem de muitas mulheres, amantes e esposas, também há quem afirme que sua sexualidade na verdade era duvidosa e que no inicio de sua carreira relacionou-se também com vários homens em troca de oportunidades na carreira artística, ao mesmo tempo que afirma-se também que algumas das mulheres que ele se relacionou na verdade seriam lésbicas a quem ele servia de fachada. À medida, porém, que ia se estabelecendo e ganhando importância como ator, já não se fazia necessário prestar esses favores sexuais e cada vez mais sua natureza rebelde e trangressiva ia se revelando.
| CENA DE "ACONTECEU NAQUELA NOITE" |
| CLARK GABLE E VIVIEN LEIGH EM "...E O VENTO LEVOU" |
Após voltar da guerra continuou fazendo filmes para a MGM, e seu primeiro filme, então, foi '"Adventure" ("Aventura"), em 1945, que não fez muito sucesso, iniciando o período de declínio de sua carreira. Seus últimos filmes para a companhia foram Mogambo ("Mogambo") e Betrayed ("Atraiçoado").
Em 1955, foi contratado pela 20th Century-Fox, fazendo dois filmes, "O Aventureiro de Hong-Kong" e "Nas Garras da Ambição". Posteriormente, experimentou produzir seus próprios filmes, mas não teve sucesso e desistiu, assinando contrato com a Warner Bros, e depois com a Paramount. O último filme de Gable foi The Misfits ("Os Desajustados"), em 1960, escrito por Arthur Miller, dirigido por John Huston, e co-estrelado por Marilyn Monroe, Eli Wallach, e Montgomery Clift. Este é, também, o último filme de Monroe.
Ao longo de sua carreira de 30 anos, Gable fez 67 filmes, isso excluídas as figurações em alguns filmes da época do cinema mudo.
AS MULHERES E FILHOS DE GABLE
| AS CINCO ESPOSAS DE CLARK GABLE, NA ORDEM: JOSEPHINE, RHEA, CAROLE, SILVIA E KATHLEEN |
| Franz Dorfler |
| Josephine Dillon |
| Loretta Young |
A 2ª epsosa foi Rhea Franklin Prentiss Lucas Langham, uma rica socialite do Texas, 17 anos mais velha do que ele, com quem casou-se em 30 de março de 1930, mas em junho de 1931 casaram-se novamente, na Califórnia, provavelmente devido às dúvidas pela diferença de leis entre os estados. Divorciaram-se em 1939.
Em 1935, Gable envolveu-se com a atriz Loretta Young, com quem teve um caso
extraconjugal que resultou no nascimento de uma filha ilegítima, Judy Lewis. Na
época, Loretta relatava ter adotado a menina, com alguns meses de
idade.
| CLARK GABLE E CAROLE LOMBARD |
| Joan Crawford |
| Paulette Goddard |
Em julho de 1955, casou-se com uma antiga namorada, Kathleen Williams Spreckles, sua 5ª e última esposa, 15 anos mais nova, tornando-se padrasto de seus dois filhos, Joan e Adolph Spreckels III.
Em 16 de novembro de 1959, Judy Lewis, sua filha com Loretta Young, deu à luz Maria, a primeira neta de Gable, e em 1960, sua esposa descobriu que estava esperando o primeiro filho do casal. Mas Gable não viveria para ver o nascimento de seu primeiro e único filho legítimo, John Clark Gable, nascido em 20 de março de 1961. Ele faleceu alguns meses antes em 16 de novembro de 1960, vítima de um enfarte do miocárdio.
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